O que fazer em São Miguel das Missões:

linda imagem das ruinas de são miguel das missões tenondé park hotel

São Miguel das Missões é um dos destinos mais sonhados pelos turistas, porque abriga um dos símbolos da região e do Rio Grande do Sul: as ruínas da redução de São Miguel Arcanjo. Cada vez mais procurada pelos visitantes, a cidade preserva a história, a relação com as tribos guaranis e as tradições missioneiras. É também bastante hospitaleira e merece pelo menos dois dias de passeio. Sem dúvida, você vai se encantar com o sítio arqueológico que preserva as ruínas. O local já foi cenário de filmes, séries e até de grandes espetáculos com artistas famosos, como o tenor espanhol José Carreras. O que fazer em São Miguel das Missões Escolhemos atividades variadas, que incluem sítios históricos e contato com a cultura local e indígena. Confira:

A força da cultura indígena guarani é reconhecida logo na entrada da cidade. No pórtico que dá as boas-vindas há um letreiro escrito em guarani que saúda os visitantes. Ali está a célebre frase “Esta Terra tem Dono”, que teria sido dita pelo índio Sepé Tiarajú durante a Guerra Guaranítica. ($) O acesso ao pórtico é gratuito e pode ser a primeira atração do roteiro pela cidade.

Sítio Arqueológico de São Miguel Arcanjo – Com certeza, as Ruínas de São Miguel são a atração mais esperada e visitada pelos turistas que chegam a região das Missões. Logo na entrada é possível avistar a antiga igreja jesuítica. O templo começou a ser construído em 1735 e levou dez anos para ser finalizado. A antiga igreja de São Miguel Arcanjo foi construída em pedra arenito, com forros em madeira e coberturas com telhas cerâmicas. Em 1983, esse conjunto arquitetônico foi declarado Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco e Patrimônio Cultural do Mercosul. Também tem o maior acervo arqueológico do período jesuítico-guarani. Em um dos pontos da igreja, se você olhar para cima, verá que a junção das paredes e do teto forma uma cruz missioneira. Próximo às ruínas da igreja, está a famosa Cruz Missioneira. Os guias que conduzem a visita gostam de lembrar que vale a pena colocar as mãos na cruz e fazer um pedido, que geralmente se realiza! Outra atração dentro do sítio arqueológico é o Museu das Missões, que tem muitas obras sacras, incluindo sinos e esculturas. (Durante a pandemia o ingresso para entrar no sítio está gratuito. As visitas devem ser agendadas).

ruínas de são miguel das missões
São Miguel Arcanjo

Espetáculo Som e Luz – Todos os dias, às 20h, ocorre o espetáculo Som e Luz, no Sítio Arqueológico de São Miguel. Criado em 1978, o espetáculo tem narração a partir das vozes de atores como Fernanda Montenegro, Paulo Gracindo, Juca de Oliveira e Lima Duarte. Durante o verão o horário é alterado para as 20h30. O show tem duração de quase 50 minutos e conta a história dos índios guaranis, da formação da redução de São Miguel Arcanjo até o momento da Guerra Guaranítica. A história é conduzida por luzes projetadas e sons que saem de diferentes locais do parque.(Acho que pode ser colocado aqui que tem disponível em inglês e espanhol – tem dias certos para isso, podemos verificar) ($) O show custa R$ 25 para o público em geral. Estudantes e pessoas com mais 60 anos pagam R$ 10.

Manancial Missioneiro

Manancial Missioneiro – Com chão de terra batida e esculturas pelo pátio, o Manacial Missioneiro permite uma imersão no mundo místico da região das Missões. Comandado pelo pesquisador Valter Braga, o empreendimento apresenta o ritual da erva-mate. Aprática indígena de purificação utiliza elementos como fogo, erva-mate e um cajado. Valter coordena a bênção e ajuda a espantar as energias negativas das pessoas que vão até lá. Além de ser um lugar para se energizar. O Manancial funciona também como um museu onde são preservadas peças que restaram pós-guerra guaranítica e que fizeram parte da história missioneira, todas elas coletadas por Valter. ($) É preciso agendar o passeio com uma agência de receptivo da região.

Borraio Minhas Origens – Para quem deseja conhecer a fundo um pouco da vida na roça, no interior de São Miguel das Missões, na localidade de Mato Grande, está o Borraio Minhas Origens. A residência fica a 10km do centro. Na propriedade, Jânio e Giane Guasso apresentam o que eles chamam de “Museu do Colono”. É uma área muito simples que reúne antiguidades que simbolizam a vida na roça. O acervo conta com mais de 500 peças que preservam a história dos colonizadores gaúchos e italianos da cidade. ($) Entrada gratuita mediante agendamento.

Fonte Missioneira – Pertinho do centro da cidade está a Fonte Missioneira, única das sete fontes jesuíticas que foi restaurada na região. Descoberta em 1983, durante uma escavação, hoje funciona como ponto turístico e fica em um parque repleto de verde. Junto à fonte, estão esculpidos três anjos querubins. ($) A entrada é gratuita.

Artesanato Missioneiro – Em São Miguel das Missões há algumas opções de lojas com artesanato na saída do Sítio Arqueológico e podem ser uma ótima pedida para quem gosta de levar uma lembrança pra casa. Em quase todas as lojas você encontra esculturas de bichinhos – em especial a coruja, que é o símbolo das Missões – estátuas da Cruz Missioneira, esculturas feitas em pedras de arenito, porta- cuias, entre outros produtos muito bem trabalhados e com detalhes bem produzidos. O artesanato Avambaé é uma das opções. Fica numa casinha amarela com um balanço na frente e está a poucos passos da entrada do Sítio Arqueológico de São Miguel Arcanjo.

Texto por: Travelterapia

Curiosidades e significado da arquitetura do Tenondé Park Hotel nas Missões

A arquitetura é a vontade de uma época traduzida em espaço”. Mies Van der Roh

Frequentemente aqui no Tenondé Park Hotel, nossos hóspedes, uma vez surpresos e encantados com a singularidade de nossa estrutura, nos questionam quem é o arquiteto responsável pelo hotel e qual o significado de tal distinção na obra. Por isso, hoje vamos contar aqui um pouco mais sobre as origens de nosso hotel nas missões e esclarecer algumas curiosidades e dúvidas sobre a arquitetura e inspiração do Tenondé Park Hotel.

O ano era 1997, quando o arquiteto responsável e idealizador do projeto foi Adelchi Colnaghi (@adelchicolnaghi) da Colnaghi Arquitetura, começou seu trabalho para criação de projeto que tinha missão de criar uma estrutura de hotelaria renomada e fizesse jus a tamanha importância histórica e cultural que aquela região tinha a oferecer ao turismo nacional.

Os “Arcos de meio-ponto” do Tenondé.

Segundo o próprio arquiteto: “Este foi um daqueles desafios que envolvem a alma do arquiteto. O projeto do hotel precisava reverenciar a história e a cultura gaúcha e marcou profundamente a trajetória de nosso escritório”.

Foram três anos de imersão e estudos intensos da cultura missioneira, aliados a diversas vindas a região coletando depoimentos e histórias de índios guaranis sobre as reduções jesuíticas. Enfim no ano de 2000 o projeto ficou pronto.

A intenção do artista era oferecer ao hóspede a uma experiência arquitetônica que remetesse à antiga redução jesuítica. “O diálogo das formas, cores e texturas com o entorno natural criaram um ambiente de reverência ao patrimônio histórico mundial tombado pela Unesco.”, comenta Colnaghi.

A arquitetura do Tenondé reverencia o conjunto antigo nas Missões, qual seja o legado em ruínas, da redução jesuítica de São Miguel Arcanjo, procurando sintonizar-se em tempo e espaço, resgatando a linguagem arquitetônica da época sem perder a contemporaneidade. Estão devidamente resgatadas na nova obra, as texturas, as cores, os espaços e a relação interior exterior. Por isso as alvenarias são de tijolos cerâmicos aparentes, por isso as coberturas são de telhas cerâmicas, por isso as estruturas de cobertura e as esquadrias são de madeira, por isso os alpendres, e por isso as pavimentações externas são de pedra. Tudo está em sintonia com o meio-ambiente em que se implanta o projeto. O projeto, como um todo, potencializa o sentido de reverência que leva o homem de hoje a buscar conhecer origens de movimentos socioculturais importantes como foi aquele das missões jesuíticas, por isto a forma e a linguagem arquitetônica adotada tendem à singeleza

A horizontalidade prevalece sobre a verticalidade, buscando não oferecer nenhuma forma de obstaculizarão visual entre o observador e o sítio arqueológico. Segundo Colnaghi, “A forma da planta concilia funcionalidade e topografia. Os arcos de meio-ponto, inseridos na estrutura de sustentação das coberturas, fazem referência aos arcos barrocos, vistos no prédio histórico dentro do sítio arqueológico. Uma visita a São Miguel das Missões com seu patrimônio histórico é certamente um destino turístico incomparável”.

Certos elementos construtivos adotados, nos remetem ao passado, ao movimento barroco de arquitetura, trazido pelos padres jesuítas e ensinado aos índios guaranis, sendo que ao mesmo tempo nos ligam ao presente através da tecnologia usada na sua construção. Enfim, o projeto em análise é um elo entre a contemporaneidade e um passado nem tanto remoto, mas integrante da nossa cultura de uma maneira tão próxima, que no mínimo nos emociona.

OS DOIS Y FORMADOS PELAS ALAS

Tenondé Park Hotel nas Missões visto de cima.

Visto de cima, o Tenondé Park Hotel parece ter o formato de dois Y que se encontram, estrutura cuja simbologia também é explicada pelo arquiteto: “Todos os ambientes do prédio permitem fluxo direto do exterior para o seu interior. “

Podemos encontrar sabedoria também para estes Y’s dentro da música tradicionalista gauchesca e missioneira, através das palavras de um dos nossos maiores poetas Cenair Maicá na música “Gana Missioneira”:

Hay os que se perdem por perder raízes que não acham mais
Hay os que se encontram por voltar as fontes dos seus ancestrais
E as encruzilhadas parecem caminhos a se afastar
Quando na verdade são pontos de encontro pra quem quer voltar
.”
(Gana Missioneira, Cenair Maicá) (Clique aqui para ouvir a música inteira)

A reflexão da letra desta canção esta alinhada com o propósito do Tenondé Park Hotel, que busca ser “um ponto de encontro pra quem quer voltar” às raízes de seus ancestrais. Aos que buscam se encontrar e aprender com a experiência e legado dos povo guarani em solo gaúcho. Da mesma forma, nossas alas (assim como nossos hóspedes) vem de diferentes cantos para se reencontrar num só local. Em solo missioneiro.

Agora que você conhece mais sobre a arquitetura do Tenondé Park Hotel nas Missões, que tal agendar sua próxima visita à São Miguel das Missões? Estamos te esperando em nosso hotel! Nos conte o que achou do artigo nos comentários!